sábado, 14 de dezembro de 2013

"QUE REI SOU EU?"



NA CONTRAMÃO DA REALIDADE




Em tempos bicudos para a maioria das prefeituras do Estado, sobretudo as do interior, que são as que mais sofrem com a queda da receita do repasse do ICMS e do FUNDAP, exemplos de preocupação com a administração pública começam a surgir. Em Aracruz e Itaguaçu, as Câmaras de Vereadores devolveram aos cofres municipais R$ 4 milhões e R$ 500 mil, respectivamente. 

Em Baixo Guandu, em setembro, bem que a maioria dos vereadores tentou fazer voltar à administração municipal cerca de R$ 200 mil, mas o presidente da Casa, que não apoia a atual gestão municipal, vetou a iniciativa, alegando não querer “colocar em risco as finanças” do Legislativo. Numa sessão tumultuada, onde nem mesmo a pressão popular conseguiu fazer com que ele mudasse de ideia, o projeto acabou sendo arquivado. 

Na contramão dos acontecimentos, o presidente do Legislativo parece ignorar a situação financeira calamitosa por que passa a Prefeitura de Baixo Guandu, fruto também da estratosférica dívida de R$ 26 milhões herdada da administração anterior. Isolado politicamente por causa de sua insensibilidade para com os problemas do município, o presidente da Câmara de Vereadores guanduense parece também ter sido picado pela “mosca azul”, deixando que a vaidade e a soberba tomassem conta de sua relação com os demais vereadores da Casa.