Desirée Vargas está à frente da Coordenação Municipal da Saúde Dentária. |
Ela trabalha há oito anos na prefeitura de Baixo Guandu, onde até pouco
tempo era uma dos 10 profissionais da odontologia que atuavam no Programa de Saúde
da Família (PSF) do município. Desirée Vargas, desde janeiro último, assumiu a Coordenação
Municipal da Saúde Bucal de Baixo Guandu com vários desafios pela frente, um
deles, ajudar o prefeito Neto Barros a oferecer aos menos favorecidos o direito
de voltar a sorrir sem passar pelo constrangimento de esconder a boca por não
ter os dentes sadios ou mesmo por não ter mais dentes, fornecendo próteses
através Consórcio Intermunicipal de Saúde, o CIM Noroeste. Nesta pequena entrevista,
a cirurgiã-dentista, formada pela Faculdade de Odontologia de Campos (RJ), com
pós-graduação em Saúde da Família pela FAESA (Vitória) e especialização em
Atenção Primária no UNESC (Colatina), além do novo programa, Desirée Vargas
fala da postura adotada pela nova administração municipal com relação à saúde
bucal dos guanduenses.
O
Guanduense – Em se tratando de um setor tão delicado, como é o
da saúde, o que foi que o prefeito Neto Barros pediu à senhora de imediato para
melhorar o setor?
Desirée
Vargas – Na verdade, foi o prefeito quem me deu a liberdade de pedir o que fosse necessário,
para que a saúde bucal do município passasse a oferecer um atendimento de
qualidade à população.
O
Guanduense – E o que a senhora pediu?
Desirée
Vargas – Comecei pedindo a contratação de uma empresa de manutenção dos equipamentos
odontológicos, o que, aliás, nunca teve em Baixo Guandu, pelo menos que tivesse
funcionado efetivamente. Os nossos equipamentos estavam fora de uso por falta
de manutenção, e os que foram pedidos também iriam pelo mesmo caminho se a
empresa não fosse contratada. Foram quase dois anos sem qualquer tipo de
manutenção, o que acarretou o sucateamento de nove dos doze consultórios; hoje
já estamos com 10 funcionando normalmente. Um diferencial importante é que,
apesar de a empresa que presta a manutenção ser de Vitória, a técnica é moradora
de Baixo Guandu, o que facilita em muito a manutenção dos equipamentos.
Idosa do Asilo Lar da Velhice foi uma dos 17 internos a colocar prótese dentária. |
O
Guanduense – Como é executado o trabalho de assistência
odontológica à população?
Desirée
Vargas – Os dentistas que atendem pelo Programa de Saúde da Família (PSF), nos
consultórios da prefeitura, fazem a atenção básica como extração, profilaxia e restauração. Além disso, fazem a promoção
e prevenção de saúde bucal nas escolas e creches.
O
Guanduense – Como está funcionando o programa de prótese
dentária em Baixo Guandu.
Desirée
Vargas – A pleno vapor. Superamos as nossas expectativas ao entregar 45 próteses dentárias no primeiro mês do programa; chegaremos a 70 ou mais até o final de julho. E o
programa pretende chegar a 150 próteses dentárias até o final do ano, lembrando que a
intenção é beneficiar aqueles que realmente não tem condições de pagar por este
tipo de tratamento, isto é, aos pacientes carentes.
O
Guanduense – Quais foram os beneficiados, inicialmente?