quarta-feira, 5 de outubro de 2011

ZEZÉ DA CENIRA

UMA VIDA DEDICADA AO VERDE

Ele tem dedicado a sua vida às questões do meio ambiente, principalmente as relacionadas com o reflorestamento. Aliado a isso, José Ricardo Paiva, mais conhecido como Zezé da Cenira, 38 anos, há muito vem desenvolvendo um trabalho socioambiental em Baixo Guandu que só tem dignificado sua carreira. Formado em técnico agrícola pela Escola Agrotécnica Federal de Itapina e em administrador rural pelo Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC), Zezé iniciou sua trajetória de agrônomo em 1997, quando começou a trabalhar no Lar da Velhice Ângelo Passos, revitalizando o espaço verde daquele asilo com a ajuda de meninos carentes do Guandu, que ele recrutava nas ruas e os iniciava numa vida mais digna, com perspectiva de melhores dias. “A gente fazia jardinagem, cuidava da horta, criava galinhas e cultivava mudas, que depois eram plantadas nos jardins públicos de Baixo Guandu ou vendidas, com a renda revertida ao Lar da Velhice”, conta Zezé.
ESPAÇO NOVO
Apesar de ter começado sua vida de agrônomo em 1997, foi bem antes disso que Zezé da Cenira teve seu primeiro contato de trabalho com a terra. Em 1983, ele foi aluno do Hortão Comunitário, que funcionava no atual estádio Manoel Carneiro, um projeto da Prefeitura Municipal que proporcionava à comunidade carente um reforço em sua alimentação diária. “Lá, com uma hora de trabalho por dia, eu podia levar verduras pra casa, além de vender as mudas que cultivava”, lembra. Do Hortão Comunitário, ainda no início da década de 1980, Zezé foi convidado a participar do Espaço Novo, outro projeto social de iniciativa da Prefeitura reconhecido e elogiado até no Exterior. Ali, ele também ajudou a implantar um hortão comunitário, mas foi muito além, participando de um pioneiro programa em Baixo Guandu de cultivo de mudas de eucalipto, café e frutas, criação de galinhas, patos, marrecos, porcos e peixes. Mais tarde, já formado em técnico agrícola, passou da condição de aluno a instrutor técnico das quase 100 crianças e adolescentes carentes que frequentavam o Espaço Novo. Foi logo depois de formado na Escola Agrotécnica de Itapina que ele teve a oportunidade de ajudar a implantar outros projetos, como padaria, marcenaria, carpintaria, corte e costura, artesanato, cabeleireiro, fábrica de sapatos, fábrica de picolés, beneficiamento de leite... Todos os produtos eram vendidos a preço de custo para a comunidade. “O projeto Espaço Novo é fruto de uma visão administrativa que conseguiu enxergar muito além das outras administrações municipais; e graças a essa visão, o Espaço Novo forjou em muitos jovens guanduenses um caráter, um sentido de cidadania que evitaram que muitos deles, hoje, estivessem nos ameaçando por terem suas condutas desviadas.”, elogia Zezé.
Hoje, enquanto aguarda que o Espaço Novo deixe de ser apenas uma boa lembrança na memória de todos os guanduenses, Zezé da Cenira administra uma pequena empresa de reflorestamento e paisagismo no Guandu. Num espaço de poucos metros quadrados, ele e o sócio, Fábio Correia, comercializam mudas de várias espécies, desde as artesanais às medicinais, além de recuperar áreas de degradação ambiental, como pedreiras de granito, margens de rio e outras.
Filho de Cenira da Silva, presidente do PDT local e ex-secretária de Educação do município, Zezé é um dos pré-candidatos a vereador na coligação que apóia Neto Barros a prefeito de Baixo Guandu.


Zezé da Cenira: agricultura e ação social.
Zezé da Cenira e seu sócio, Fábio Correia.
Várias espécies de mudas são comercializadas.
Um dos locais de criação de animais no Espaço Novo. Abandono.

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